A Saga de Urza – Parte I
A Origem de Yawgmoth
Alguns
me perguntaram qual seria a próxima saga a ser abordada. E após horas
de meditação em minha biblioteca pessoal, cheguei à conclusão que
deveria falar sobre os maiores heróis de Dominaria. Entretanto, não
posso começar a história deles sem antes trazer o que desencadeou toda
essa guerra.
Com
muita relutância resolvi falar sobre “aquele que não pode ser
mencionado”. E não, não estou me referindo a nenhum bruxo qualquer. Urza
sempre dizia para Barrin que esse nome não devia ser pronunciado em voz
alta. Então, meus caros, hoje trarei uma história de dor e penúria.
Falaremos sobre
aquele que é e, talvez ainda seja, a raiz da maior maldade em Dominaria. Um ser que ainda é temido por todos e, em segredo, reverenciado por alguns que almejam pelo seu retorno.
aquele que é e, talvez ainda seja, a raiz da maior maldade em Dominaria. Um ser que ainda é temido por todos e, em segredo, reverenciado por alguns que almejam pelo seu retorno.
Que Serra me conceda sua luz... hoje as brumas tolarianas revelarão a origem do Pai das Máquinas.
Apesar dele não ser o deus de muitas faces, ao longo das eras Yawgmoth possuiu diversos nomes.
Pai
das Máquinas. O Inefável. Senhor da Desolação. O Lorde das Trevas. O
Oculto. Em cada cultura ele era representado ou enxergado de forma
diferente. Em Benalia ele era representado como um monstro inumano. Para
os Mercadianos ele era um senhor benevolente. Em Nova Argive, seus
escolásticos apenas o viam como um mero mito. Mas a realidade de
Dominaria era que, poucos realmente acreditavam ou sabiam da existência
de Phyrexia ou Yawgmoth. Isso é percebido quando, no livro de Invasão,
Gerrard e o Vidente Cego tentam alertar o povo da invasão e as
autoridades zombam deles, dizendo que tais criaturas não passavam de
lendas.
E por isso, Dominaria pagou um alto preço...
Mas
antes de falarmos do “Deus Yawgmoth” precisamos conhecê-lo quando ele
era ainda um mero humano – sim, o Senhor da Desolação já fora humano.
De
acordo com a Contagem Argiviana, Yawgmoth nasceu no ano de 5000 AR. Ele
nasceu durante o apogeu do império Thran, o maior e mais avançado
império que Dominaria já teve. Como vocês sabem Urza sempre foi um
devoto fervoroso da magnificência deste império e sempre tentou recriar
seus artefatos. Enquanto ainda era homem, Yawgmoth acreditava que as
doenças eram oriundas de infecções, vírus e bactérias. Por ser um homem
da ciência – e bem avançado para sua época – ele descartava a ideia que
doenças eram provenientes da ira dos deuses ou espíritos malignos.
Entretanto,
sua genialidade andava de mãos dadas com sua ganância e sede por poder.
Como todos aqueles que estão à frente do seu tempo, Yawgmoth despertou a
revolta de seus superiores – afinal, negar a influência dos seres
míticos era praticamente uma heresia – e devido a isso foi banido do
império Thran.
Irado
e transbordando de ódio, ele partiu para outras regiões com intuito de
testar seus conhecimentos sobre doenças e curas. Os primeiros a sentir
sua fúria foram os anões do reino de Oryn, onde ele espalhou uma praga
vil. Fugindo da ira deles, ele partiu para a floresta longínqua de
Argoth. Lá ele manteve a sacerdotisa dos elfos cativa enquanto espalhava
uma doença fatal sobre o povo imortal. Após receber seu pagamento pelo
resgato, Yawgmoth partiu de Argoth deixando-a em completa miséria.
Os
bravos e destemidos minotauros de Talruum também sucumbiram perante
suas pragas. Em Jamuraa, uma tribo de gatos guerreiros padece infectada.
Antes de retornar para Halcyon – capital do império Thran ao nordeste
de Terisiare – Yawgmoth se infiltrou no povo viashino e dissecou o Bey
Viashino que havia aceitado o suposto curandeiro entre eles.
Mesmo
após tanta destruição e morte sendo espalhados por suas mãos, os deuses
antigos permitiram o retorno dele ao império. Foi quando Glacian,
antigo artífice Thran, caiu enfermo foi que o império abriu as portas
para a Yawgmoth e suas promessas de cura.
Antigamente
muitos acreditavam que essa imagem representava Yawgmoth em forma
humana, mas esse é Glacian o artífice Thran. Nunca houve, de fato, uma
imagem que representasse o Pai das Máquinas em forma humana. Existe uma
imagem arcaica que talvez, eu digo talvez, seja a representação de sua
forma humana.
Há
também quem diga que Glacian fora um planinauta, mas, ao que as lendas
dizem, ele possuía a Centelha, porém nunca conseguiu ascender ao patamar
de planinauta.
Glacian era um dos maiores artífices do império e responsável pelos mais poderosos artefatos, incluindo as powerstones.
As powerstones eram gemas que, após serem carregadas, serviam como uma
fonte inesgotável de energia. Energia sustentável. Esse era o motivo do
Império Thran ter sido o mais avançado de sua época, pois as powerstones
eram o ápice de sua tecnologia.
Na
época do império elas eram abundantes e poderosas e Glacian trabalhava
com empenho para descobrir maneiras de utilizá-las. Mas infelizmente a
Roda girou e Glacian acabou sendo afetado por sua própria invenção.
Enquanto trabalhava em seu laboratório, ele foi esfaqueado com uma
powerstone pelas mãos de Gix – que ainda era humano nessa época – o
ataque acabou desenvolvendo no artífice uma doença misteriosa conhecida
como Phthisis. Nenhum curandeiro conseguiu achar a cura para ela e
devido a isso, a esposa de Glacian, Rebbec, convocou o conselho (Rebbec e
Glacian fizeram parte dos 28 líderes, grupo de cidadãos dignos e
anciãos que comandavam o império) e usou sua influência para que
aceitassem seu antigo curandeiro de volta. Glacian foi um dos
responsáveis pelo exílio de Yawgmoth e responsável, indiretamente, pelo
seu retorno.
Gix, primeiro Pretor Phyrexiano
Assim deu-se início a desolação do Império Thran...
Percebendo
que seu exílio seria revogado se ele achasse a cura para aquela doença,
ele voltou alegremente para a metrópole Thran. Retornando como uma
pária e mendigo, ele se esforçaria até assumir o poder total. Ao chegar a
Halcyon, ele se espantou com o progresso da cidade. Halcyon agora era
uma cidade totalmente energizada pelas powerstones e havia se
transformado em uma cidade flutuante.
Embaixo
da cidade ficava o Dispositivo de Mana e a Caverna dos Condenados. O
dispositivo era uma gigantesca estrutura responsável pela construção das
powerstones e que sobreviveu até os dias da Invasão Phyrexiana. A
Caverna dos Condenados eram as antigas prisões de Halcyon onde os
exilados e bandidos eram postos.
Ao
conhecer Rebbec, Yawgmoth se apaixonou por ela e começou a se aproximar
da líder Thran. Primeiramente, ele descobriu que a doença Phthisis
tinha sua origem no contato direto e intenso com a radiação que emanava
das powerstones. E agora, não somente Glacian estava infectado, mas mais
e mais cidadãos que trabalhavam no Dispositivo de Mana contraíram a
doença.
Ele
nunca se importou com a vida do seu rival amoroso, mas tentaria
encontrar a cura para a doença, pois sabia que dessa forma conseguiria a
admiração e lealdade dos Thran.
Traduzida como Tísica
Como
eu comentei antes, sob a cidade flutuante ficava a Caverna dos
Condenados. Essas cavernas eram as antigas prisões de Halcyon onde os
fora da lei eram mantidos. Acontece que, como ela ficava bem embaixo da
cidade, a maior radiação recaía sobre eles. Logo todos aqueles
marginalizados estavam infectados.
O
grupo de pessoas infectadas por Phthisis foi chamado de Intocáveis,
pois precisavam ficar isolados do restante da população. Agora, não
somente os exilados habitavam as cavernas, mas todos os cidadãos que a
contrariavam foram postos em quarentena dentro da Cavernas dos
Condenados. Yawgmoth adentrou nas cavernas para procurar aquele que
havia atacado Glacian e encontrou Gix, ainda vivo, porém a beira do
colapso.
Ele
o levou para fora das cavernas e desenvolveu um soro para Gix e
Glacian, mas o efeito ainda era negativo. Após compartilhar com Gix
sobre o fato de que a doença era causada pela radiação, Gix desaparece e
retorna para a Caverna dos Condenados contando aos seus compatriotas
que todos os que estavam por ali sempre estariam sujeitos a Phthisis.
Revoltados, os Intocáveis estavam prestes a iniciar sua primeira
insurreição.
Para
quem ainda não percebeu, a Caverna dos Condenados se transformou,
posteriormente, no lugar mais sagrado para os Phyrexianos – e em breve
vocês entenderão o porque – mas esse lugar nada mais é do que...
Acredito que essa carta seja fake assim como a arte.
Enquanto isso, diante do conselho Thran...
Rebbec
e Yawgmoth compartilharam com o conselho de Halcyon sobre suas
descobertas. O conselho não ficou satisfeito com as revelações alegando
que isso desmereceria a credibilidade do governo Thran, então Glacian
sugere que fosse realizada uma nova votação para um novo exílio para
Yawgmoth, entretanto o sagaz curandeiro consegue exercer influência
sobre o Conselho e a ideia do exílio foi revogada. Ao invés disso,
Yawgmoth conseguiu que o Conselho lhe concedesse um grupo de curandeiros
para que estudasse a Phthisis, mas caso os seus estudos resultassem em fracasso ele seria banido.
Os
pesquisadores de Yawgmoth conseguiram desenvolver um soro que conseguia
evitar que a doença se espalhasse. Mas, enquanto isso, Gix organizou
uma rebelião com os Intocáveis e avançou sobre Halcyon. Para Yawgmoth
aquilo se valeu de uma oportunidade única.
Ele
conseguiu aprisionar um dos rebeldes e administrou nele o soro. O
resultado foi promissor, pois, apesar de não ter sido curado, o homem
estava em um estado melhor do que antes. Ele parte para o Templo Thran,
uma estrutura gigantesca que pairava acima da cidade e construída por
Rebbec, e a encontra tentando controlar a horda de rebeldes. Ele procura
Gix e propõe que, caso o ataque cessasse, todos os Intocáveis
receberiam tratamento para a doença.
Caindo
nas graças do povo, Yawgmoth foi aclamado como herói nacional e membro
do Conselho. Possuindo autoridade agora, ele começa a enviar pessoas em
quarentena para a Caverna dos Condenados, mas ao invés de eles
regressarem quem retornava eram Intocáveis curados – esses estavam sob
ordens de Gix e consequentemente sob as de Yawgmoth. Com a ausência do
marido Glacian, Rebbec e Yawgmoth começam a ter sentimentos mútuos,
porém – acredito que pelo fato de ela ainda ser casado com um membro do
Conselho – eles não tomam iniciativa e mantém as coisas como estão.
A Roda estava prestes a girar outra vez...
Um
dia a planinauta Dyfed visitou Glacian, pois desejava finalmente
conhecer o mestre artífice. E também pelo fato de ele possuir uma
centelha latente. Esse primeiro contato com um planinauta foi o que
desencadeou sua maior ambição em vida: se tornar um planinauta.
Yawgmoth
se ajuntou a reunião deles e, utilizando-se de sofismas, a convenceu de
lhe ajudar. A ideia era simples. Encontrar um plano deserto para ele
assim ele poderia construir seu paraíso, curar a todos e levar o povo
Thran para habitá-lo. Dyfed procurou e acabou encontrando um plano
desertado e metálico. Esse
plano seria o trono de Yawgmoth por nove mil anos. Ele se tornaria o
mais vil e temido plano de toda a existência. Mas por ora, era um
paraíso. Yawgmoth, Rebbec e Dyfed observaram sua beleza tranquila.
O
mundo era completamente oco e continha oito outros leveis aninhados
dentro de sua parte externa. Um plano artificial criado por um
planinauta draconiano – Nicol Bolas é você? -, o plano não precisava nem
de sol nem de chuva para prosperar. Ele continha, em suas oito esferas,
uma camada de energia pura que aqueceria o plano para sempre. Era um
vasto e mecânico constructo que abrigava milhões de criaturas
artificiais e benevolentes. Yawgmoth usaria
esse plano primeiramente para curar a Phthisis, após isso, para curar a
mortalidade e então, para comandar e lançar seu controle através de
todo o Multiverso. Yawgmoth precisava encontrar a cura para a Phthisis, a
contínua degeneração que atacava seu povo. Ele a combateria nesse
lugar, um plano que iria ser devotado à phyresis, geração contínua. Ele
chamou esse novo mundo de Phyrexia, um nome que faria Dominaria chorar
de medo pelos próximos nove milênios.
Se
hoje reclamam da grande quantidade de planinautas é porque não
testemunharam a Era de Ouro. Havia diversos planinautas e muitos deles
jamais saberemos o nome. Esse planinauta draconico que construiu
Phyrexia ninguém o conhece ou sabe seu nome. E apenas como curiosidade,
ninguém sabe quem foi o primeiro planinauta – eu, pelo menos, não sei – e os leigos acreditavam que este era Urza.
Como
o período Thran é um dos mais arcaicos de Dominaria, é provável que
Dyfed esteja entre um dos primeiros à ascensão. Talvez esse que
construiu Phyrexia tenha sido o primeiro, mas jamais saberemos. Nem a
contagem Argiviana relacionada data a criação de Phyrexia.
Então,
uma segunda rebelião explodiu sob as ordens de Gix. Se Yawgmoth
conseguisse outra vez repelir os invasores, ele finalmente alcançaria o
poder sobre o povo Thran. Controlando a guarda de Halcyon e os munindo
de armas de powerstone os rebeldes foram vencidos, mais uma vez, e agora
o povo celebra a ascensão dele. Mas seu período de glória não durou
muito.
Durante
a comemoração do aclamado heróis dos Thran, uma delegação aparece.
Representantes dos povos que Yawgmoth infectou com pragas achegaram até a
cidade. Um exército combinado de, anões, elfos, felinos guerreiros,
viashinos, minotauros e bárbaros se aproximou de Halcyon acusando o
atual herói de seus crimes do passado. Diante disso, o conselho decidiu
deliberar sobre o destino dele. O
conselho das cidades-estado dos Thran se runiu pra votar se entregavam
Yawgmoth ou não. Os votos foram de 13/13. Como Yawgmoth e Rebbec eram
membros do conselho, e tinham direito de voto, a votação foi desempatada
e Yawgmoth pôde ficar.
Percebendo
que uma guerra civil estava prestes a emergir ele começou a pensar em
como se manter no poder. Com o retorno da planinauta e a descoberta
deste plano desabitado, ele aplica um golpe de Estado. Dyfed quebra ao
meio duas powerstone a abre um portal para Phyrexia, assim Yawgmoth
poderia envia seu povo para ser “tratado”. Os primeiros a serem enviados
foram os membros do conselho deixando-o sobre o controle absoluto de
Halcyon.
O portal foi aberto dentro da Caverna dos Condenados e por isso Koilos se tornou um local sagrado para Phyrexianos.
Através desse portal ele tinha livre acesso entre Dominaria e Phyrexia. Ao retornar para Dominaria, Rebbec pediu
para ele fizesse algo sobre a condição de Glacian. Yawgmoth disse a
Rebbec que um novo tratamento que estava sendo desenvolvido para os
infectados de Thran. O tratamento envolvia implantar uma Power Stone
descarregada no corpo. A radiação nociva, e que foi a causa da Phthisis,
fluiria diretamente para a Powerstone, que poderia então ser removida,
deixando o corpo completamente curado. Além disso, alguns Thran estavam
crescendo mais alto, mais fortes e saudáveis por tomar banho no óleo
brilhante que foi encontrado na quinta esfera de Phyrexia.
Glacian
não ouvira nada disto, e acusou Yawgmoth de tentar controlar o Império
Thran. Alegando que o artífice estava ficando insano devido à doença ele
diz que Glacian deveria ser operado, pois dentro dele deveria haver
alguma lasca de powerstone que impedia da doença de se estabilizar.
Então, ele pede para que Rebbec parta para Phyrexia e comece a trabalhar
na construção de uma enfermaria para o povo Thran – após eras essa
enfermaria se tornou Gamalgoth, primeira cidade de Phyrexia – e
aproveitando a ausência de sua amada, ele inseriu as duas metades da
powerstone que Dyfed rompeu dentro de Glacian para acelerar a
degeneração. Glacian então foi banido para a Caverna dos Condenados para
ficar sob a tutela de Gix.
A
guerra civil finalmente se iniciou e as cidades que foram contra a
permanência dele ajuntaram forças para tomar as cidades-estado. Os Thran
que foram contra a permanência dele se ajuntaram com os povos e
formaram uma aliança para destronar o tirano. Enquanto Dominaria estava
em guerra, Dyfed percebeu o erro que cometeu ao ajudar o louco ditador
e, graças à persistência de Glacian e Rebbec, a planinauta parte para
Phyrexia e resgatou os anciãos aprisionados lá.
Além
dos anciãos havia incontáveis goblins escravos aprisionados lá- talvez
para futuras experiências - que também foram resgatados. Os goblins
foram enviados para Mercadia e se tornaram os ancestrais do povo Kyren.
Dyfed
decide enfrentar Yawgmoth quando este regressasse. Mas ela sucumbiu
graças a lábia deste ser vil. Aproveitando a inocência dela, ele a
apunhalou no crânio com um punhal de powerstone. A mente de um
planinauta é a única parte que precisa ficar intacta, pois órgãos vitais
e corpo eles podem reconstruir. Quando ela foi apunhalada sua mente
entrou em colapso, deixando-a em um estado vegetativo. Ela não conseguia
se regenerar e foi deixada lá para que depois Yawgmoth tivesse a
oportunidade de dissecá-la para descobrir quais eram os “órgãos de
planinauta”.
Ele
retorna para a guerra civil e deixa Dyfed agonizando, mas ele não
contava que Rebbec a encontrasse e, sentindo pena da pobre mulher, ela
da o golpe de misericórdia.
Na
frente de batalha, a guerra não estava indo a favor de Yawgmoth. A
cidade de Orleason sucumbiu à traição e se juntou à resistência. A
cidade de Phoenon tinha sido varrida do mapa pelas cidade-estado armadas
rebeldes. As forças rebeldes estavam avançando rumo a Halcyon para um
golpe final. Yawgmoth e suas tropas os encontrariam em Megheddon Defile.
Este lugar era uma área deserta ao leste de Halcyon e rota de comércio
da cidade.
Em
Megheddon Defile travou-se a batalha entre a Aliança Thran e os
primeiros Phyrexianos de Yawgmoth – Thran que começaram a sofrer
alterações graças ao óleo brilhante e as powerstones – e a guarda de
Halcyon. Enquanto esses se digladiavam, ele batalhou e conquistou a Null
Sphere – Esfera da Anulação. Essa Esfera, também chamada de Null Moon
ou Glimmer Moon, era um dos dois satélites de Dominaria. O povo Thran
utilizava esse satélite para controlar seus guerreiros artefatos e,
praticamente, todos os artefatos do impérios, mas após a posse dela por
Yawgmoth, ele conseguiu colocar o exército de artefatos contra seus
próprios mestres.
Esse satélite era uma forma de prevenção caso algum dia os Thran perdessem o controle sobre seus artefatos.
Yawgmoth
utilizou engrenagens da Esfera da Anulação para lançá-la no ar,
impedindo que os rebeldes Thran conseguissem recuperá-la. Yawgmoth fez
as criaturas artefato se rebelarem contra seus controladores. Ele,
então, desencadeou as fontes de mana branca da Esfera, que fluíram
através dos rebeldes, matando todos no campo de batalha. Essa foi à
mesma nuvem da morte que fora espalhada durante a Invasão Phyrexiana.
Ao
retornar, Rebbec vislumbrou as atrocidades cometidas por ele. Ela viu a
destruição e encontrou seu amado Glacian morto. Enquanto o massacre
acontecia sobre as tropas inimigas, os controladores da Esfera da
Anulação se rebelaram e se sacrificaram, lançando a Esfera em órbita. A
Null Moon se tornou a nova lua de Dominaria.
Após
a rápida e violenta eliminação da guarda responsável pela destruição
dos navios, Yawgmoth foi recebido pelo Comandante Gix, que tinha matado o
comandante da Guarda Halcyte por presumir que Yawgmoth tinha sido
morto. Yawgmoth ordenou que Gix levasse todos os cidadãos de Thran para
Phyrexia para começar a Grande Evolução. Em seguida, ele viajou para a
Caverna dos Condenados para entrar em seu mundo. Ao longo do caminho,
ele encontrou Rebbec acalmando o corpo em coma de seu marido.
Infectando-a com mais sedação, ele levou-a para Phyrexia.
Yawgmoth
mostrou a Rebbec as maravilhas que ele fizera. Ele a levou para a Nona
Esfera, o seu santuário, e possuiu completamente a mente dela,
aprendendo de imediato todos os segredos que ela possuía. Ele a deixou
para iniciar a fase final do seu plano de dominação sobre o Império
Thran. Yawgmoth e seu exército atacaram um hangar de Halcyon ocupado por
rebeldes. Após recuperar o hangar, ele carregou os atiradores de pedras
de muitas aeronaves. Estas bombas destruiriam completamente as cidades
traidoras de Thran. Em um único dia, ele iria destruir o Império Thran e
solidificar seu poder em Dominaria. Ele lançou suas bombas perto de
Halcyon, destruindo muito do que havia sido feito por Rebbec. As nuvens
de cor branca leitosa que se espalharam por todo o país dissolveram toda
a vida no seu caminho.
A
aeronave de Yawgmoth patrulhava a cidade, que fervilhava de rebeldes.
Após o reagrupamento das forças de Phyrexia e Halcyon, ele consolidou
seu domínio em Halcyon. Ele ordenou que suas aeronaves partissem para as
cidade-estado e as destruísse uma a uma. No entanto, suas forças não
podiam ir muito longe. Aparentemente, a Esfera da Anulação tinha subido
muito alto para poder desviar corretamente da nuvem da morte. Halcyon
seria envolvida e destruída em horas.
Yawgmoth
fez um anúncio público para fiéis e rebeldes – agora nada o impediria
se tornar um deus - ele tinha preparado um mundo inteiro para a sua
utilização. Se eles se declarassem leais e servos a ele, então iria
salvá-los, melhorá-los e completá-los. Ao vislumbrar as maravilhas de
Phyrexia e os horrores da nuvem da morte, ninguém estava apto a recusar.
Todos fugiram para Phyrexia, foram milhões de pessoas para preencher o
mundo de Yawgmoth.
Apenas
para constar – o óbvio – praticamente todos os seres que vemos em
Phyrexia são Thran. Com o passar das eras, a ciência Phyrexiana foi
capaz de construir, ou imitar, a vida, mas os primeiros Phyrexianos são
descendentes dos Thran.
Enquanto todos os Thran adentravam a essa nova utopia, havia um que permanecia em dúvida sobre essa decisão.
Rebbec
permanecia de frente ao portal enquanto ele estendia seu braço para que
ele adentrasse aquele paraíso junto dele. Mas ele não esperava que ela o
traísse. Ela olhou para o portal para Phyrexia e, segurando a
powerstone que Yawgmoth havia encaixado dentro de Glacian, ela selou o
pretenso deus dentro de seu próprio mundo. Estupefato e horrorizado, ele
contemplou enquanto Rebbec retirava a pedra do pedestal. Com um grito
de negação, Yawgmoth foi selado dentro de seu próprio mundo onde, este
por sua vez, se transformou em sua cripta.
Ele
havia jurado amor eterno por Rebbec, mas agora ele jurou vingança
eterna, não somente por ela, mas por toda Dominaria que não aceitou a
grande evolução. Phyrexia ficaria para sempre selada e todos aqueles
amaldiçoados ficaram eternamente presos naquele plano artificial.
Bem, pelo menos, era isso o que todos almejavam...
Infelizmente,
o livro The Thran é um dos poucos que não estão disponíveis para
download na seção de Storyline da Ligamagic. Ele não faz parte de
nenhuma outra novela sendo um livro ímpar porque traz os detalhes sobre o antigo império Thran e Yawgmoth.
Em breve nos reencontraremos planinautas para que continuemos a conhecer sobre o Flagelo do Multiverso.
Fonte: Ligamagic
Fonte: Ligamagic
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