Mal Vindo
"Sombras em Innistrad"
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Os cascos dos cavalos tamborilavam em um ritmo vagaroso.
As montanhas escarpadas da província chamada Stensia surgiam à frente deles. O destino de Jace não ficava muito além da fronteira, porém - ele tinha lido o suficiente dos pensamentos de seu guia para saber que eles já estavam estavam perto.
"Eu não sei porque eu ainda me incomodo com ela", disse Jace. "Eu não aprendo mesmo...."
"Mm", disse o guia. Um homem barbudo e envelhecido, de poucas palavras. Jace, que tinha começado a falar apenas para espantar a monotonia, acabara contado toda sua vida, e chegara na parte sobre a razão de Sua visita.
"Quer dizer, eu fiz um monte de decisões ruins na minha vida, mesmo contando apenas as que eu possa lembrar. E uma enorme quantidade delas envolvem ela."
"Hm", disse o guia.
Uma chuva fria caiu de nuvens irregulares, e algo uivou na noite. Jace estava em Innistrad há apenas dois dias, e já odiava o lugar. A única coisa boa, até agora fora um novo casaco de couro que tinha comprado para se proteger da chuva e de um pouco do frio.
"Ô, inferno! parte de mim está esperando que ela me dê um xilique e me expulse, e eu possa dar o assunto por encerrado logo. ."
"Ah", disse o guia.
A lua cheia espiou de trás das nuvens, a sua enorme cara de prata marcada com uma forma que os moradores chamavam de garça.
Jace podia ver a semelhança.
"O problema é que eu realmente preciso da ajuda dela, desta vez", ele disse.
"Ahhhhh", disse seu guia, um som Jace assumiu significar que ele estava de saco cheio
"Sinto muito", disse Jace. "Eu não tenho porque incomodar você com meus problemas."
Ele preparou um feitiço para limpar os últimos minutos de conversa da mente do homem.
"Ahhhhhrrrrrrrrrgggggghhhhh", disse o guia.
Pensando bem, não parecia ser saco cheio... ódio?
Jace invadiu a mente do homem e bateu em uma parede de puro ódio, os “quase-pensamentos” de um predador.
Seu guia se virou para ele, acompanhado pelos sons (de revirar o estômago) de ossos rachando-se e roupas rasgando. Seu rosto tinha inchado horrivelmente, um olho cresceu, grande e amarelo, sua mandíbula se projetava para fora. Ambos os cavalos empinavam nervosamente.
"Oh", disse Jace.
A transformação acabou em instantes. Pelos cobriram o corpo do homem, garras irromperam de seus dedos, dentes longos e afiados cresceram, e seu rosto alongou-se em um focinho. O cavalo do guia entrou em pânico, debaixo dele, e o homem – o homem lobo - afundou os dentes no pescoço do animal.
Hora de correr.
Jace pôs o seu cavalo a galope, passando a coisa que havia sido seu guia e seu pobre cavalo.
Ele estava perto. Ele poderia chegar lá por conta própria.
Atrás dele, os ruídos do cavalo foram silenciados com um “Crunch”.
O lobisomem soltou um grito a plenos pulmões, e uivos eclodiram em resposta dos bosques em torno deles e um, em seguida, outro, em seguida, mais um, surgiram, até o ponto em que ele não podia mais ter certeza de quão grande a alcateia podia ser.
O galope sob a lua parecia devorar a estrada, mais rápido do que era seguro. Ele vi as luzes de uma grande casa senhorial à frente, tentadoramente perto, mas uma ravina surgiu entre eles. Ele puxou as rédeas do cavalo para a esquerda, e deu uma olhada para trás.
Havia pelo menos três deles atrás dele, amálgamas hediondas de homem e lobo (eles não eram como os experimentos krasis de Simic, cujas partes Pareciam sempre mostrar que eram feitos de espécies distintas) - Mãos quase humanas, com garras afiadas, braços musculosos coberto de pelos, rostos de lobo, todavia, com uma centelha de inteligência.
Esta criaturas eram quase totalmente humanas, e quase totalmente lobo, tudo de uma vez.
Ele já tinha ouvido falar de lobisomens, mas tinha a esperança de nunca vê-los.
Jace deixou seu cavalo correr tão rápido quanto achou prudente, as luzes da mansão tentando-o. Ele cortou a trilha em torno da ravina, através de arbustos, e pequenas poças, ecoando pela escuridão. Ele não conseguia ouvir os lobos com o barulho dos cascos de seu cavalo e as batidas furiosas do seu próprio coração.
Ele deixou para trás um clone ilusório de si mesmo. A cópia assumiu uma Posição de combate, mas os lobisomens ignoraram a imagem. Ele arriscou um olhar para trás e viu cinco das coisas se aproximando, as narinas dilatadas.
Cheiro. É claro. Eles desconsideram o que não tem cheiro.
Ele poderia lidar com isso.
Criou outra ilusão, esta, com substância e forma - Um urso gigante, feito de luz brilhante azul tomou forma, um ser de pura magia, em vez de um truque de luz, mas ainda com nenhum cheiro.
Os lobisomens correram em direção a ele, indiferentes, pensando ser apenas outro fantasma insubstancial. Ele avançou e agarrou um deles, e Jace olhou para trás para ver os dois combatentes caírem em um emaranhado furioso de pele e luz.
Quando se virou para a frente novamente na sela, seu cavalo tropeçou, apenas por um momento, mas Foi o suficiente - Em algumas respirações o resto da alcatéia estava logo atrás dele, garras tentando alcança-lo e mandíbulas tentando mordê-lo. Suas respirações eram quentes, virando vapor no ar frio da noite.
Jace estendeu sua mente e encontrou a que tinha sido de seu guia, aquele cujos pensamentos ele já tinha tocado. Agora, sua mente era um caos de fome e raiva, mas Jace ainda Reconhecia as memórias e inclinações do homem que havia contratado para guiá-lo em Stensia.
Interessante.
A mente de Jace infiltrou-se na do lobisomem, fustigada por pensamentos de rasgar e morder e comer. Na visão do lobisomem, a lua estava inchada no céu, sua luz funesta, tingida de vermelho, a garça com um olhar malicioso e escabroso.
A conexão estava completa. Jace estava no controle.
Seu guia pulou para o lado, golpeando um dos outros membros do bando, aquele que os pensamentos do lobo-homem identificavam como o alfa. Era o suficiente, Jace pulou fora da mente do lobo, a tempo de ver o alfa revidar contra o atacante.
O guia, agora de volta sob seu próprio controle rosnou e revidou. Eles não pareciam ter uma comunicação sofisticada o suficiente para dizer “o mago estava controlando a minha mente” (mas, mesmo entre os seres que a tem, essa desculpa, normalmente, não funcionaria do mesmo jeito.)
Logo os dois lobo estavam mais preocupados em se matar do que na caça. Enquanto ficaram para trás se encarando, outro ficou também. Um parceiro? mais um desafiante? Bom, Isso deixava Jace Com apenas um perseguidor. Mas agora a trilha abraçava o desfiladeiro em ziguezague, exigindo toda a atenção de Jace para manter seu cavalo na trilha.
O pobre cavalo estava espumando, exausto e em pânico. Jace quase podia sentir a respiração quente do lobisomem em seu pescoço. Olhou para trás, não estava tão perto assim, mas faltava pouco. A criatura ágil podia correr em ziguezague muito melhor do que o cavalo de Jace, e foi rapidamente se aproximando.
Por fim, o terreno abriu-se à sua frente e ravina ficou para trás, deixando nada além de uma estrada plana, enlameada, entre ele e as luzes acolhedoras da mansão. E não era qualquer mansão, ele notou enquanto se aproximava.
Era a mansão dela.
Com sorte, ela iria perdoá-lo por trazer um convidado.
Ele estava quase no portão Quando o lobisomem o alcançou. Uma garra dilacerou a anca do cavalo, fazendo-o cair para o lado. Jace saltou da sela, desembarcou na lama, rolou, pôs-se de pé e começou a correr. Atrás dele, o lobisomem atacou o cavalo caído.
Os portões estavam fechados e trancados, estava sem porteiro, e o pátio estava escuro. Jace olhou por cima do ombro, apenas para ver o lobisomem olhar por cima do cadáver do cavalo, focinho sujo de sangue sob o luar, levantar-se e dar um passo na direção dele, o cavalo esquecido.
“Arrombar, então. Que bom...”
Ele acalmou-se e concentrou-se na fechadura, afastando todos os pensamentos sobre o monstro atrás dele. A telecinese de Jace era fraca, não mais forte que seus próprios músculos, e muito mais desgastante de se usar. Mas seu controle sobre ela era bom. Dedos invisíveis vasculharam dentro da fechadura, encontraram as travas, e as botaram no lugar rapidamente. A fechadura fez um clique, e Jace empurrou os enormes portões de ferro preto.
Emperrados. Jace teve que fazer mais força.
Eles abriram com um guincho alto o suficiente para acordar os mortos. Jace tropeçou no quintal e caiu de joelhos, virando-se e chutando os portões atrás dele, em seguida, mentalmente, trancou a fechadura, no exato momento em que o lobisomem chegou no portão.
Jace arrastou-se para trás, longe do alcance de suas garras. O lobisomem deu uma farejada barulhenta, uma, duas vezes, e, depois foi embora, contrariado.
Algo se moveu atrás de Jace.
Ele levantou-se e virou-se.
Na escuridão do quintal da mansão, ele mal conseguia distinguir a forma de uma dúzia de figuras em pé silenciosamente ao redor dele. Agora ele percebera o cheiro, também. O cheiro de podridão que tinha espantado o lobisomem. Uma verificação mental rápida confirmou sua suspeita - não havia mentes nesses corpos.
Eles estavam mortos.
Eles se aglomeraram ao redor dele sem emitir qualquer som. Cercado por zumbis, um lobisomem espreitando nas redondezas, aquela lua maldita brilhando sobre tudo isso ...
Os zumbis pararam, em seguida, se separaram, abrindo um caminho para a porta ornamentada da mansão.
Um comitê de boas-vindas.
A hospitalidade dela era tudo que ele esperava e mais um pouco.
Ele andou entre os mortos, tentando ignorá-los, e pode finalmente observar a casa. Ele era grande, com quartos suficientes para uma família substancial e servos, mas nenhum dos quartos parecia ser iluminado por algo mais do que um brilho púrpura misterioso. Uma torre de pedra rosa que parecia ser de construção mais recente, erguia-se em um dos cantos, coroada por um aparelho de metal esdruxulo, cujo propósito Jace não podia discernir. Parecia com algo que um electromancer Izzet construiria, minutos antes de ser internado em um manicômio.
Assim que alcançou o topo de um pequeno lance de escadas que levava à entrada, a porta se abriu para revelar um corredor escuro.
"Posso entrar?".
Outro zumbi saiu de trás da porta, este vestido como uma paródia de um servo, e acenou para Jace a seguir.
Jace baixou capuz e seguiu seu novo guia, surpreso ao descobrir que o cheiro dentro da casa era embolorado, mas não realmente ofensivo. “Deve ser algum feitiço para manter o ar fresco.”
Por fim, o Seu guia levou-o para uma grande sala iluminada pelo luar e magia, onde meia dúzia de zumbis vagavam.
E ali, sentada confortavelmente em uma cadeira ( estava mais para um trono) estava Liliana Vess.
Ela fechou um grande tomo com capa de couro que estava lendo, e o entregou um de seus servos mortos-vivos.
"Olá, Jace". Ela o olhou de cima e para baixo e fez uma cara debochada de aprovação. "Gostei do casaco."
Ela se levantou e caminhou em direção a ele, seus movimentos fluidos, lânguida como uma gata, e parou ao lado dele. Ela o estudou com Aqueles olhos violetas antigos. Ela devia estar bem ciente, ocorreu-lhe, de como seus músculos se contraíam sob a sua pele.
Ele resolveu olhar nos olhos dela, apesar das memórias que poderiam afoga-lo.
Ela chegou até seu rosto ... e deu um “teco” na ponta do seu nariz.
"Ow! Que-"
"Para ter certeza que você veio em pessoa", disse ela.
"Eu posso fazer minhas ilusões sólidas, se você não sabe", disse Jace, esfregando o nariz.
"Oh, sim. Mas eu duvido que você pudesse fazê-las "mimizar" de forma tão convincente."
"Eu estava esperando por uma recepção melhor", disse Jace. "Você tem alguns vizinhos muito desagradáveis."
"Verdade", disse ela. "Mas há coisas piores lá fora do que lobisomens."
"Como os vampiros?"
"Anjos", ela disse com desgosto.
Jace rolou seus olhos.
"Seus sentimentos sobre o assunto estão anotados", ele disse. "Pessoalmente, eu teria sido grato por um pouco de ajuda angelical lá fora."
"Olha, isso não é-", disse Liliana, em seguida, sorriu e parou. "Bem. Quem você escolhe para confiar é problema seu, eu acho. Mas eu não confiaria um anjo, se fosse você."
"Minha postura padrão é não confiar em ninguém", disse Jace. "Nada do que aconteceu até agora mudou minha mente."
"Menino inteligente", disse ela. "Alguma coisa para beber?"
Liliana voltou para seu trono e sentou-se, como um zumbi cambaleava para frente, com uma garrafa de ... alguma coisa.
"Obrigado, mas eu vou passar", disse ele.
Liliana se serviu de um copo e bebeu dele.
"Bem," disse ela. "há sempre uma primeira vez pra tudo. A que devo o prazer?"
"Eu ..."
Jace pesou seu orgulho contra a pressa, e finalmente chegou a uma decisão.
"Eu estou aqui para pedir desculpas."
Liliana levantou uma sobrancelha com curiosidade fingida. "Sério? Pelo quê?"
"Por Ravnica, pelos negócios inacabados ... entre nós."
"Por me abandonar, você quer dizer", disse ela, com um sorriso cruel. "E de ir para algum plano dos infernos com aquele diagrama anatômico ambulante."
Gideon, ela queria dizer. Jace abafou uma risada.
"Eu duvido que ele tomasse isso como um elogio."
"Mas é!" Ela disse. "Ele daria um cadáver perfeito! Isto, é - se morrer antes de ficar caído."
"E eu estou certo de que ele não iria tomar isso como um elogio", disse Jace. Ela sempre tinha que abusar.
"Então, você se arrepende de ir com ele?" Disse Liliana.
"Oh, eu não diria isso", disse Jace. "Fizemos um bom trabalho. Salvamos o plano inteiro, de fato, com a ajuda de dois outros Planeswalkers".
Ele sorriu.
"Nós até mesmo fizemos um juramento, para ... continuar... Continuar lutando contra ameaças interplanares."
"Fofo", disse Liliana. "Muito heróico. E agora ... o quê? Você está aqui para me pedir para participar do seu pequeno clube?"
"Não", disse Jace. "Eu te conheço bem."
Liliana esperou. Ela o conhecia bem, também.
"Eu considerei isso, é claro," ele disse, com um encolher de ombros. "Poderia ser bom pra você ter alguns amigos a sua volta. Mas eu sabia que você não daria a mínima."
"Eu não estou interessada", disse Liliana. "Em seus amigos, nem em seus juramentos."
"Eu não achava que estivesse", disse Jace.
Liliana suspirou.
"Jace, eu sei que você não está aqui para me recrutar", disse ela. "Você não está aqui para me ajudar. E você não está aqui para se desculpar."
"O que te faz dizer isso?" Ele perguntou, e, em seguida, acrescentou: "E eu já pedi desculpas."
"Você mesmo disse," ela continuou. "Eu te traí. Amaldiçoei Garruk. Eu ainda tenho o véu. Eu nunca fui uma amiga para você, não realmente. E você sabe, eu nunca pedi sua ajuda. Alguma dessas coisas mudou?"
"Não."
"O que significa que você está aqui, porque precisa de algo de mim. Você sabe que eu tenho problemas, e você acha que pode fazer um acordo."
Ela esperou o tempo suficiente para ele dizer "eu", e, em seguida, o cortou.
"Prove que estou errada", disse ela.
Ela se levantou e ergueu a cabeça orgulhosamente. "Eu recuso a sua ajuda dada livremente, Jace Beleren. Se você está aqui para me ajudar, sem pedir nada em troca, vire-se e saia por aquela porta."
Jace não disse nada. Mesmo que fosse um blefe, ele não iria pagar para ver.
"Tudo bem, então", disse Liliana, sentando novamente no seu trono. "Agora que nós dois sabemos exatamente o quanto nossa história significa para nós ... o que eu posso fazer por você, querido?"
Ela sorriu, predatória e sedutora. Ela podia ser bastante magnânima, desde que estivesse no controle completo da situação.
"A título de curiosidade," Jace disse, "você realmente teria me expulsado se eu estivesse aqui apenas para ajudá-la?"
"Pergunta fascinante", disse Liliana. "Se um dia você tentar, Talvez você descubra."
Ela tomou um gole do seu copo e esperou.
"Estou à procura de Sorin Markov", disse Jace.
O rosto de Liliana traiu sua genuína surpresa. Jace se permitiu obter um pouco de prazer nisso.
"Jace, você sabe o que você está perguntando?" Ela disse. "Sabe-quem ele é? O que ele é?"
"Eu sei que ele é um vampiro, o chamam de Senhor de Innistrad", disse Jace. "Eu sei que ele é antigo e mais do que um pouco não confiável, e eu sei que agora ele está em apuros, ou causando problemas. De qualquer maneira, eu preciso encontrá-lo."
Por quê? ", Disse Liliana.
"Milhares de anos atrá-"
Liliana grunhiu.
"Versão curta, então. Três Planeswalkers trabalharam juntos para aprisionar, em Zendikar, os Eldrazi - monstruosidades extraplanares que devoram mundos. Sorin foi um dos três."
"Sério?" Disse Liliana. "Isso não soa como ele."
"Minha fonte - um dos antigos aliados de Sorin - disse que ele o fez por um um senso de ... “interesse próprio desapegado”, algo assim. Ele sabia que os Eldrazi poderiam eventualmente chegar em Innistrad, então ele cooperou para prendê-los em outro lugar ".
"E então ... você soltou eles", disse ela, sorrindo. "Mais ou menos isso, não foi?"
Ele desejou que ela não estivesse gostando tanto daquilo.
"Sim", disse Jace. "Manipulados e coagidos, outros dois Planeswalkers, e eu, inadvertidamente, libertamos os titãs Eldrazi de sua prisão. Sorin veio, e, em seguida, partiu depois de tentar ativar algum tipo de trava de emergência para mantê-los presos. Eu partiu para encontrar um de seus aliados, mas nunca voltou. "
"Isso soa mais como ele", disse Liliana.
"Claro, agora não há nenhuma necessidade de ele ir para Zendikar," Jace continuou. "Mas a minha fonte não fala mais comigo, e Sorin e o terceiro membro do trio estão por aí. Estou preocupado que um certo dragão Planinauta poderia estar de olho neles ... mas você não saberia nada sobre isso, não é? "
"Eu já te disse, eu não trabalho mais para ele."
"Você tem muitas qualidades, Liliana, mas honestidade e escrúpulos não estão entre elas."
"Jace," Liliana disse, "Ouça-me. Sorin não vai ajudar você. Você acha que eu sou egoísta? Você acha que eu sou cruel? Sorin teve milhares de anos para se acostumar com a noção de que os seres humanos são gado. "
"Você o conhece?"
"Eu o conheci", disse Liliana. "Uma vez, logo depois que cheguei pela primeira vez em Innistrad. Ele me procurou, testou a minha força na batalha, e me considerou muito fraca para ser uma ameaça. Então ele disse-me isso: Innistrad era dele, e que era melhor eu ser uma boa visitante, ou ele iria me caçar e me matar. "
"Um Lorde", disse Jace. "Quando foi isso?"
"Há muito tempo", disse Liliana. "E sim, esse tipo de encontro era muito mais comum, então. Mas não vejo nenhuma razão para acreditar que ele mudou. Sorin não tem mais razão para ser amigável com você do que esse planeswalker com quem você esteve conversando, e a opção para não falar com você, pode ser te matar. não vá. "
"Isso não é uma opção", disse Jace.
"Ele é antigo, cruel, e ele é poderoso. Você está não tem chance."
"Eu não tenho chance?" Jace disse. "Você me diz isso?"
"Sim", disse Liliana. Não havia mais alegria em sua voz. " E eu estou dizendo a você - não vá. Ele não vai ajudá-lo, sua inteligência não vai lhe impedir de ser morto por um vampiro milenar".
"Se eu não te conhecesse," Jace disse, "Eu diria que você está preocupada com minha segurança."
"Não faça isso ser sobre nós!" Ela disse. "Você não estaria aqui se você não tivesse algo a me oferecer. Eu gostaria de saber o que é antes de jogar-se sobre a espada de Sorin, se você não se importar."
"Se você está tão preocupada comigo, venha. Talvez você possa nos apresentar."
"O quê?" Ela disse. "Não, eu já lhe disse, eu tenho meus próprios problemas, e as minhas próprias soluções. E eu não me importo com o quanto você acha que pode me ajudar em troca -nada disso, Se Sorin nos matar, nada disso vai servir para nada. E isso se o encontrarmos. As estradas estão piores do que nunca. Eu não vou a lugar nenhum. "
"Tudo bem", disse Jace. "Eu estava esperando que você pudesse me ajudar, mas eu acho que vou ter de seguir a única pista que me resta. Mansão Markov, não é?"
Ele apontou no que tinha certeza ser a direção certa.
"Mansão Markov?" Ela disse, revirando os olhos. Ela agarrou-o pelo pulso, e o puxou. "Jace, é ainda pior!"
"É seu lar ancestral, certo? Será que a família dele não saberia onde ele está?"
"Você sabe alguma coisa sobre Innistrad?" Liliana gritou. "Ou será que você acabou de ver - Mansão Markov - em um mapa e pensou: Uhu! Legal, de jeito nenhum que isso termina comigo sendo brutalmente assassinado "?
"Eu li algumas mentes, mas eles não sabiam muito", ele disse. "Por que, o que eu estou perdendo?"
"Sorin é um pária entre seu próprio povo", disse ela. "Eu não é bem-vindo lá, há centenas de anos, pelo menos. Talvez mais. Se você aparecer perguntando sobre ele, eles vão matá-lo ou pior."
"Mesmo assim", disse Jace, "se você não me ajudar, eu não tenho muita escolha. Mansão Markov é a melhor pista que eu tenho."
Liliana se acomodou em sua cadeira. Sua expressão endureceu, e seus olhos começaram a brilhar roxo.
"O que-"
Seus servos de zumbis avançaram. O coração de Jace acelerou.
"Lili, o que você está fazendo?"
Os zumbis continuaram avançando
"Provando um ponto", disse ela.
Muito perto. Eles estavam muito perto.
Jace lançou um feitiço de invisibilidade rápido, mas os zumbis ainda tropeçavam em direção a ele. Metade deles não tinha os olhos de qualquer maneira.
Uma mão fria apertou-se em torno de seu braço.
Ele se concentrou, e uma nuvem de duplicatas ilusórios saltou de seu corpo. Meia dúzia de Jaces, lançando feitiços ou mergulhando para a janela ou correndo para atacar Liliana.
Os zumbis os ignoraram. Agora, havia várias mãos em cima dele, a multidão de zumbis o empurrou contra a parede de pedra gelada. Carne gelada. Seus dedos se fecharam em torno dos braços, das pernas, sua garganta.
Feitiços de sono! Os zumbis eram imunes a alguns deles, e havia muitos deles para o resto. Jace estava impotente.
Ela não o machucaria. Não sem uma razão.
"Lili", ele disse. "Eu não sou bom Contra os mortos, mas posso lutar ... contra um necromante. Se isso fosse uma luta de verdade, eu teria já teria destruído a sua mente."
A multidão de zumbis parou, segurando-o no lugar.
"Talvez", disse ela, levantando-se e caminhando em direção a ele. "Mas, sem meu controle, eles rasgariam você em pedaços. Perder a mente não seria bom para mim ... mas eu duvido que seria muito bom para você, também."
"Qual é o seu ponto?"
Ela estava em cima dele, os zumbis se afastando para que ela pudesse o encarar.
"Este mundo é perigoso", disse ela. "Para você, especialmente. E você não pode vencer um Planeswalker cuja mente você não pode tocar".
Ela parecia muito diferente naquele momento, banhada no poder do luar e da necromancia. Às vezes ele esquecia que ela era um século mais velha que ele, no mínimo, uma relíquia de um tempo em que Planeswalkers eram algo mais do que eram agora.
E Sorin era muito mais velho.
"Este é um beco sem saída", disse ela. "Vá para casa, Jace. Tenho certeza de que você tem formulários para arquivar."
As mãos dos mortos-vivos o soltaram, e ele levantou-se, esfregando a garganta, sentindo a súbita necessidade de um banho.
"Sinto muito por incomodá-la," ele resmungou. "Eu vou seguir para a mansão por conta própria, então."
E Virou-se para a porta.
"Nove infernos, você é um tolo irresponsável!"
Voltou-se para ela.
"Claro que eu sou", disse ele. "Foi por isso que me envolvi com você. Agora, deixe-me ir."
Ele virou-se para sair, de novo, tentando não pensar no luar, focinhos sangrentos, os olhos de Liliana e o fato de que seu guia e seu cavalo, ambos, tinham desaparecido.
"Não seja estúpido", disse ela. "Você pode sair pela manhã."
"Sério?" ele perguntou, incrédulo. "Depois dessa grande exibição de indiferença mútua, você está me pedindo para passar a noite aqui?"
Ela caminhou em direção a ele e se inclinou, seus lábios quase tocando sua orelha. Sua garganta apertou-se.
"Indiferença", ela sussurrou, "não faz o seu batimento cardíaco acelerar ou o seu rosto corar."
Ele podia sentir o calor do corpo dela, mas a respiração em sua bochecha era fria como gelo. O frio persistiu quando ela se afastou. Um impulso momentâneo surgiu, mas, então, fugiu de volta para as sombras, onde pertencia.
"Não fique se achando", disse ela em voz alta. "Eu tenho um quarto de hóspedes."
"Ah."
"No porão", disse ela. " Uma masmorra, pr falar a verdade."
"Magnifico", ele disse.
Ela se virou e foi embora.
"Os servos lhe mostrarão seu quarto", disse ela. "Boa noite, Jace."
Ela virou-se, de pé sob o luar, olhando para ele de uma distância que Parecia muito mais distante do que realmente era.
"Até de manhã", disse ela com firmeza. "Depois disso, você está por conta própria."
"Eu sei", disse ele.
Ele hesitou, querendo dizer mais, sem saber o que dizer.
Liliana foi embora, saiu do luar, e desapareceu na escuridão.
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